Análise da síndrome de burnout em professores do ensino pré-escolar, fundamental e médio, para prevenção e tratamento

Resumo

Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa realizada sobre diversos aspectos da síndrome de burnout e sua incidência no corpo docente de crianças e estudantes do ensino fundamental e médio na província de Sevilha (Espanha). O principal objetivo do estudo é analisar o nível de burnout que mostra o pessoal docente, tanto a nível geral considerando as variáveis categóricas estabelecidas em função da idade, anos de experiência, tipo de centro educativo e o nível de ensino que lecionam. A metodologia é de caráter quantitativo e a mostra do estudo está constituída por 1890 docentes, a quem aplicou-se a escala de burnout do questionário CBP-R. Para a seleção da mostra seguiram-se os critérios estabelecidos por Serra (1987), obtendo um alto índice de confiabilidade próximo ao +/- 2% de margem de erro. A análise dos dados e o tratamento dos resultados obtidos levou-se a cabo tendo em conta variáveis como o desgaste emocional, a despersonalização e a falta de realização, e em função da idade, dos anos de experiência docente, o tipo de centro onde trabalham e o nível de ensino que oferecem. Entre os principais resultados, destacamos que 11,6% dos professores pesquisados tiveram um alto nível de burnout geral. Especificamente, sobre o desgaste emocional, 74% obtiveram uma pontuação dentro do nível médio de burnout e destaca especialmente o consumo emocional da profissão docente e a aspereza da síndrome pós-férias. Na despersonalização, 83 % também obtiveram pontuação dentro do nível médio, e tudo parece indicar que o grupo de professores participantes foi extraordinariamente pressionado no seu trabalho. Finalmente, considerando a falta de desempenho, em que 86,2% obteve uma pontuação média de burnout, podemos dizer que há muita satisfação sobre o trabalho que realizam e sua identificação profissional.