Concepções de aprendizado desde uma perspectiva fenomenográfica. Convergências e diferenças entre estudantes universitários portugueses e latino-americanos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15359/ree.24-2.10

Palavras-chave:

Concepções de aprendizado, universidades, estudantes universitários portugueses e latino-americanos, implicações didáticas

Resumo

Este artigo resenha um estudo empírico no qual são indagadas as concepções de aprendizado em estudantes latino-americanos que cursam uma mesma carreira (Ciências da educação/ Pedagogia), a fim de pôr em relação os resultados com os obtidos por Rosário et al. (2006) em Portugal. O objetivo da investigação é ponderar os alcances e limites de aplicar o sistema categorial dos autores nomeados às concepções de aprender, extraídas em diferentes contextos. Ambas investigações compartem um enfoque fenômenográfico, mas diferem em quanto população e instrumento. A nossa foi realizada em 264 estudantes que cursavam o trajeto inicial ou final da carreira na Argentina (Universidade Nacional de Cuyo), no Brasil (Universidade Federal do Río de Janeiro e Universidade Estadual Paulista) e no México (Universidade de Colima), por meio de um item aberto do Inventário de Concepções e Experiências de Aprender na Universidade (INCEAPU). O trabalho de Rosário et al. (2006) foi realizado com 16 estudantes da Universidade de Évora através de entrevistas individuais. As descobertas põem de manifesto algumas concepções compartilhadas, outras semelhantes, mas não idênticas e outras diferentes da amostra em análise, o que leva a concluir que, se bem se reconhecem semelhanças e sobreposições, também se destacam particularidades em função do contexto educativo. Por outra parte, sugerem que as concepções adquiram um sentido bidirecional porque, a pesar de que se iniciam na pessoa estudante e condicionam seu proceder perante a proposta didática, tal proposta incide no que se entende por aprender. É relevante indagar as concepções de aprendizagem nas palavras dos estudantes porque, se a universidade se compromete com o respeito à diversidade, o primeiro a fazer é conhecer em quê consiste “a diversidade” em termos das diferentes formas em que os e as estudantes entendem o que é aaprender.

Biografia do Autor

Ida Lucía Morchio, Universidad Nacional de Cuyo

Professora e Bacharel em Ciências Psicopedagógicas (UCA). Especialista em Docência Universitaria e Doutora em Educação (UNCuyo). Professora de Psicología Educacional. Diretora do Serviço de Apoio Pedagógico e Orientação ao Estudante. Investiga sobre Aprendizagem em Educação Superior. Autora/coautora de livros e artigos derivados de estudos psicoeducativos.

Solange Astudillo, Universidad Nacional de Cuyo

Professora em Ciências da Educação (UNCuyo). Professora “adscripta” de Psicología da Educação (FFyL, UNCuyo) e professora de Didática Geral para níveis Infantil e Fundamental (Instituto de Educação Superior). Integra a Comissão Técnica do Instituto de Ciências da Educação. Participa em investigações sobre o Aprendizado em Educação Superior (desde 2014 e continua).

Hilda Difabio, Universidad Nacional de Cuyo

Doutora em Ciências da Educação pela Universidade Nacional de Cuyo (Mendoza, Argentina). Investigadora do Conselho Nacional de Investigações Científicas e Técnicas, com sede no Centro de Investigações Cuyo (CIC), Mendoza, o qual dirige desde 2011. Autora ou coautora de livros, capítulos de livros e artigos em revistas nacionais e internacionais.

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Publicado

2020-04-02

Como Citar

Concepções de aprendizado desde uma perspectiva fenomenográfica. Convergências e diferenças entre estudantes universitários portugueses e latino-americanos (I. L. Morchio, S. Astudillo, & H. Difabio , Trads.). (2020). Revista Electrónica Educare, 24(2), 1-22. https://doi.org/10.15359/ree.24-2.10

Edição

Seção

Artigos (Seção avaliada por pares)

Como Citar

Concepções de aprendizado desde uma perspectiva fenomenográfica. Convergências e diferenças entre estudantes universitários portugueses e latino-americanos (I. L. Morchio, S. Astudillo, & H. Difabio , Trads.). (2020). Revista Electrónica Educare, 24(2), 1-22. https://doi.org/10.15359/ree.24-2.10

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