Crenças versus conhecimento em futuros professores. Um estudo comparado sobre neuromitos a nível internacional
DOI:
https://doi.org/10.15359/ree.25-1.13Palavras-chave:
mitos em educaçao, nurocieências, formação de professores, professores, leituraResumo
Os neuromitos são crenças sobre o cérebro e seu funcionamento, com base em argumentos pseudocientíficos ou interpretações errôneas de certos achados. Estes equívocos podem ter sua origem, entre outras, na transmissão de informações errôneas ou mal explicadas através da comunicação de massa, no desconhecimento da linguagem técnica usada nas neurociências ou no acesso limitado a fontes primárias. Com o objetivo de analisar se os resultados de investigações prévias se replicavam em uma amostra de futuros professores de língua espanhola e, com isso, analisar o nível de consciência sobre neuromitos nesta população, foi utilizado uma versão traduzida ao espanhol do questionário desenvolvido por Dekker et al. (2012). A amostra foi composta por 99 estudantes de pedagogia, do Chile e da Espanha. O instrumento continha 32 afirmações sobre o cérebro e a aprendizagem, das quais 12 correspondiam a neuromitos. Os resultados revelam uma alta aderência aos neuromitos nos dois grupos de futuros professores. Apesar da crescente evidencia que refuta concepções errôneas, estes resultados permitem concluir que persiste uma lacuna no conhecimento neuro-científico destes futuros educadores. As consequências de uma incompreensão ou deturpação do conhecimento científico vigente na prática pedagógica nos impelem a insistir em uma educação baseada na evidência. Não apenas na literatura, mas também na seleção e inclusão cuidadosa das fontes científicas na formação inicial de professores são essenciais para formar professores-leitores, mas também críticos e reflexivos, que poderão tomar decisões pedagógicas fundamentadas na evidência científica disponível.
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