O paradoxo digital: uma análise das diferenças na adopção de tecnologia por parte do grupo de professores dentro e fora da sala de aula

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15359/ree.26-2.12

Palavras-chave:

Adoção digital no ensino, níveis de adoção de tecnologia, ensino superior, prática de ensino

Resumo

Problema. No ensino superior, a avaliação do uso de tecnologias mostram resultados discretos em relação ao ensino. Numa sociedade altamente tecnológica, esse fato contrasta com as práticas digitais de quem ensina: em suas vidas pessoais, regulam seu comportamento de acordo com os princípios da tecnologia. Objetivo. Esta pesquisa visa contrastar as práticas digitais de professores fora e dentro da sala de aula, com base em um modelo de adoção tecnológica que qualifica os usos feitos das TIC e o nível de apropriação que esses usos implicam. Metodologia. Para analisar esse efeito, foi utilizada uma metodologia descritiva não experimental e realizado um levantamento que buscou estabelecer em que medida a adoção tecnológica no cotidiano corresponde à atividade docente. Resultados. Na vida privada, os usos que os professores dão à tecnologia permitem a expansão de tarefas que são realizadas em direção a horizontes que tradicionalmente não podem ser alcançados sem o uso dela. Não é assim na prática docente, onde o uso de ferramentas digitais contribui para a implementação de práticas tradicionais. Em relação à formação de professores, o corpo docente percebe a necessidade de direcioná-la para expandir a experiência digital, embora em sua prática profissional continuem tendo uma orientação mais clara em relação à sua reprodução. Conclusão. Os resultados mostram que a adoção de tecnologia na vida privada é orientada principalmente para o nível de ampliação, enquanto no ensino está mais focada na substituição de tarefas tradicionais por outras que, embora incorporando tecnologias digitais, não trazem inovação na prática.

Biografia do Autor

Rosario Freixas, Universidad Nacional Autónoma de México

Professor da Escola Nacional de Serviço Social da Universidade Nacional Autônoma do México. Ele se especializou na criação, instrumentação e avaliação de modelos e desenhos pedagógicos e materiais didáticos em diferentes níveis. Ela serviu como instrutora na formação de professores. Ele está estudando para um doutorado na Universidade Nacional de Educação a Distância em Madri, Espanha.

 

Daniel Domínguez-Figaredo, Universidad Nacional de Educación a Distancia

Doutor em educação pela Universidade Nacional de Educação a Distância, em Madri, onde é professor e pesquisador. Sua pesquisa se concentra na mediação tecnológica e nas teorias que apóiam a aprendizagem aberta e conectada ao longo da vida. Em seu trabalho recente, ele se aprofundou na análise da educação aberta baseada em dados e gestão do conhecimento em ambientes digitais e mistos.

Fernando Gamboa-Rodríguez, Universidad Nacional Autónoma de México

Especialista em design e avaliação de espaços interativos para a educação, doutorado em Ciência da Computação pela Universidade de Paris 11, França. Desde 1999, ele trabalha na UNAM, onde coordena o projeto "A Sala de Aula do Futuro". Professor e tutor em cursos de pós-graduação no México, França, Espanha, Portugal e Peru. Na Universidade Nacional Autônoma do México, ele coordena o projeto "A sala de aula do futuro"

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Publicado

2022-04-07

Como Citar

O paradoxo digital: uma análise das diferenças na adopção de tecnologia por parte do grupo de professores dentro e fora da sala de aula (R. Freixas, D. Domínguez-Figaredo, & F. Gamboa-Rodríguez , Trads.). (2022). Revista Electrónica Educare, 26(2), 1-20. https://doi.org/10.15359/ree.26-2.12

Edição

Seção

Artigos (Seção avaliada por pares)

Como Citar

O paradoxo digital: uma análise das diferenças na adopção de tecnologia por parte do grupo de professores dentro e fora da sala de aula (R. Freixas, D. Domínguez-Figaredo, & F. Gamboa-Rodríguez , Trads.). (2022). Revista Electrónica Educare, 26(2), 1-20. https://doi.org/10.15359/ree.26-2.12

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