O paradoxo digital: uma análise das diferenças na adopção de tecnologia por parte do grupo de professores dentro e fora da sala de aula
DOI:
https://doi.org/10.15359/ree.26-2.12Palavras-chave:
Adoção digital no ensino, níveis de adoção de tecnologia, ensino superior, prática de ensinoResumo
Problema. No ensino superior, a avaliação do uso de tecnologias mostram resultados discretos em relação ao ensino. Numa sociedade altamente tecnológica, esse fato contrasta com as práticas digitais de quem ensina: em suas vidas pessoais, regulam seu comportamento de acordo com os princípios da tecnologia. Objetivo. Esta pesquisa visa contrastar as práticas digitais de professores fora e dentro da sala de aula, com base em um modelo de adoção tecnológica que qualifica os usos feitos das TIC e o nível de apropriação que esses usos implicam. Metodologia. Para analisar esse efeito, foi utilizada uma metodologia descritiva não experimental e realizado um levantamento que buscou estabelecer em que medida a adoção tecnológica no cotidiano corresponde à atividade docente. Resultados. Na vida privada, os usos que os professores dão à tecnologia permitem a expansão de tarefas que são realizadas em direção a horizontes que tradicionalmente não podem ser alcançados sem o uso dela. Não é assim na prática docente, onde o uso de ferramentas digitais contribui para a implementação de práticas tradicionais. Em relação à formação de professores, o corpo docente percebe a necessidade de direcioná-la para expandir a experiência digital, embora em sua prática profissional continuem tendo uma orientação mais clara em relação à sua reprodução. Conclusão. Os resultados mostram que a adoção de tecnologia na vida privada é orientada principalmente para o nível de ampliação, enquanto no ensino está mais focada na substituição de tarefas tradicionais por outras que, embora incorporando tecnologias digitais, não trazem inovação na prática.
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