Critérios de avaliação referidos, percebidos e utilizados pela equipe docente de matemática de ensino básico

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15359/ree.26-3.1

Palavras-chave:

Avaliação educacional, pensamento da equipe docente, critérios de avaliação, avaliação cega, matemática, ensino básico

Resumo

Objetivo. O principal objetivo deste trabalho é comparar os critérios de avaliação que os docentes docente do Ensino Básico mais valorizam na disciplina de Matemática, com os que efetivamente utilizam na prática, e com a perceção que têm os seus próprios alunos. Metodologia. Para isso, entrevistamos 30 docentes e 120 estudantes. Os docentes participaram, ainda, numa atividade de avaliação cega de uma prova realizada por um dos seus alunos, baseada no método de descoberta de critérios, que consistia em classificar a prova com várias tarefas matemáticas, fazendo perguntas à investigadora, mas sem poder ver o documento. Resultados. A partir das transcrições das respostas registadas durante as entrevistas, realizou-se uma análise de conteúdo, para categorizar e comparar os critérios de avaliação referidos (na entrevista ao grupo docente), percecionados (na entrevista aos alunos) e os efetivamente utilizados (na avaliação cega). Discussão e conclusões. Os resultados sugerem que os docentes consideram, entre os critérios mais importantes, avaliar a compreensão e, sobretudo, o raciocínio matemático. Porém, a maioria dos seus alunos não têm a mesma perceção. Além do mais, um terço aproximadamente dos docentes não mostrou uma consciência suficientemente precisa dos critérios de avaliação que realmente aplica nas provas de avaliação. Finalmente, discutem-se algumas implicações para a melhoria das práticas de avaliação desta área curricular.

Biografia do Autor

Maria-João Marques-Oliveira, Agrupamento de Escolas da Lourinhã

Docente do 1º Ciclo do Ensino Básico, Licenciada em Educação Especial, Mestre em Psicologia Educacional e Doutorada em Ciências da Educação, atualmente a exercer funções no Departamento de Educação Especial da Direcção dos Serviços de Educação e Juventude de Macau

Manuel Montanero, Universidad de Extremadura

Licenciado en Pedagogía y en Psicología y Doctor en Pedagogía, es Catedrático de Didáctica General de la Facultad de Educación de la Universidad de Extremadura (España) y coordinador del Grupo de Investigación y Desarrollo Educativo de Extremadura (GIDEX), al que pertenecen más de una veintena de investigadores-doctores

Referências

Alves Martins, M., Matta, I., Mata, L. y Nunes, C. (1991). Avaliação em língua materna e matemática do 1.º ciclo do ensino básico: Critérios referidos e utilizados por professores e percepcionados por alunos com sucesso e insucesso escolar. Análise Psicológica, 9 (3-4), 453-466. http://repositorio.ispa.pt/bitstream/10400.12/5213/1/AP-1991_34_453.pdf

Amigues R. y Guignard-Andreucci, C. (1981). A propos d’une recherche sur l’évaluation formative en situation éducative: prise en compte et modifications des donnés de la situation. Bulletin de Psychologie, (353), 167-172.

Barbosa, J. y Alaíz, V. (1994). Explicitação de critérios - exigência fundamental de uma avaliação ao serviço da aprendizagem. En Pensar a avaliação, melhorar a aprendizagem (pp. 1-5). Instituto de Inovação Educacional. http://docplayer.com.br/19644130-Explicitacao-de-criterios-exigencia-fundamental-de-uma-avaliacao-ao-servico-da-aprendizagem.html

Black, P. y Wiliam, D. (1998). Assessment and classroom learning. Assessment in Education: Principles, Policy & Practice, 5(1), 7-73. https://doi.org/10.1080/0969595980050102

Black, P. y Wiliam, D. (2009). Developing the theory of formative assessment. Educational Assessment, Evaluation and Accountability, 21(1), 5-31. https://doi.org/10.1007/s11092-008-9068-5

Bonniol, J. J. (1986). Recherches et formations: Pour une problématique de l’évaluation formative. En J.-M. De Ketele (Ed), L’évaluation: Approche descriptive ou prescriptive? (pp. 119-133). De Boeck.

Clark, I. (2012). Formative assessment: Assessment is for self-regulated learning. Educational Psychology Review, 24(2), 205-249. https://doi.org/10.1007/s10648-011-9191-6

Coll, C., Barberà, E. y Onrubia, J. (2000). La atención a la diversidad en las prácticas de evaluación. Infancia y Aprendizaje, 23(90), 111-132 https://doi.org/10.1174/021037000760087991

De Ory Azcárate, M. y Ruiz Suárez, V. M. (2011). La evaluación en el aula de primaria. Factor clave para el aprendizaje de las ciencias y las matemáticas. Revista Eureka sobre Enseñanza y Divulgación de las Ciencias 8(2), 212-220. https://doi.org/10.25267/Rev_Eureka_ensen_divulg_cienc.2011.v8.i2.08

Hadji, C. (2001). Avaliação desmistificada. Artmed Editora.

Jaccard, P. (1901). Distribution de la flore alpine dans le bassin des Dranses et dans quelques régions voisines. Bulletin de la Société Vaudoise des Sciences Naturelles, 37(140), 241-272. https://www.researchgate.net/publication/243457811_Distribution_de_la_Flore_Alpine_dans_le_Bassin_des_Dranses_et_dans_quelques_regions_voisines

Kintsch, W. y Greeno, J. (1985). Understanding and solving word arithrmetic problem. Psychological Rewiev, 92(1), 109-129. https://doi.org/10.1037/0033-295X.92.1.109

Melo, M. y Veiga, F. H. (2013). Aprendizagem: Perspetivas socioconstructivistas. En F. H. Veiga, (Coord.), Psicologia da educação: Teoria, investigação e aplicação: Envolvimento dos alunos na escola (pp. 263-296). Climepsi.

Montanero, M. (2019). 4 criterios e instrumentos de evaluación. En M. Montanero (Autor), Didáctica general. Planificación y práctica de la enseñanza primaria (pp. 64-94). Servicio de publicaciones de la UEx. http://dehesa.unex.es/bitstream/10662/9225/1/978-84-09-07197-5.pdf

National Council of Teachers of Mathematics. (2000). Principles and standards for school mathematics. Autor.

Noizet, G. y Caverni, J.-P. (1985). Psicologia da avaliação escolar. Coimbra.

Nunes, C. (1990). Avaliação de textos escritos: Critérios referidos e utilizados pelos professores e a sua percepção por alunos com diferente estatuto escolar [Tesis de maestría, Instituto Superior de Psicologia Aplicada]. https://repositorio.ispa.pt/handle/10400.12/736

Onrubia, J. y Lago, J.-R (2008). Asesoramiento psicopedagógico y mejora de las prácticas de evaluación. Infancia y Aprendizaje, 31(3), 363-383. https://doi.org/10.1174/021037008785702929

Organization for Economic Coopeation and Development. (2013). PISA 2012 assessment and analytical framework. Mathematics, reading, science, problem solving and financial literacy. Autor. https://doi.org/10.1787/9789264190511-en

Pacheco, J. A. (2002). Critérios de avaliação na escola. En Ministério da Educação (Ed.), Avaliação das aprendizagens: das concepções às práticas (pp. 53-64). Departamento da Educação Básica.

Pinto, J. y Santos, L. (2006). Modelos de avaliação das aprendizagens. Universidade Aberta.

Riggan, M. y Nabors Oláh, L. (2011). Locating interim assessments within teachers’ assessment practice. Educational Assessment, 16(1), 1-14. https://doi.org/10.1080/10627197.2011.551085

Rosales, J., Vicente, S., Chamoso, J. M., Muñez, D. y Orrantia, J. (2012). Teacher-estudent interaction in joint word problem solving. The role of situational and mathematical knowledge in mainstream classrooms. Teaching and

Teacher Education, 28(8), 1185-1195. https://doi.org/10.1016/j.tate.2012.07.007

Sanmartí, N. (2007). 10 ideas clave: Evaluar para aprender. Graó.

Struyven, K., Dochy, F. y Janessens, S. (2005). Students’ perceptions about evaluation and assessment in higher education: a review. Assessment & Evaluation in Higher Education, 30(4), 325-341. https://doi.org/10.1080/02602930500099102

Suurtamm, C., Koch, M. y Arden, A. (2010). Teachers’ assessment practices in mathematics: Classrooms in the context of reform. Assessment in Education: Principles, Policy & Practice, 17(4), 399-417. https://doi.org/10.1080/0969594X.2010.497469

Teledahl, A. (2015). Different modes in teachers’ discussions of students’ mathematical texts. Teaching and Teacher Education, 51, 68-76. https://doi.org/10.1016/j.tate.2015.06.002

Turner, R., Blum, W. y Niss, M. (2015). Using competencies to explain mathematical item demand: Awork in progress. En K. Stacey y R. Turner (Eds.), Assessing mathematical literacy: The PISA experience (pp. 85-115). Springer. https://doi.org/10.1007/978-3-319-10121-7_4

Veldhuis, M., van den Heuvel-Panhuizen, M., Vermeulen J. A. y Eggen, T. J. H. M. (2013). Teachers’ use of classroom assessment in primary school mathematics education in the Netherlands. Cadmo, 21(2), 35-53. https://www.researchgate.net/publication/260095083_Teachers%27_Use_of_Classroom_Assessment_in_Primary_School_Mathematics_Education_in_the_Netherlands

Selter, C. Verschaffel, L., Greer, B. y de Corte, E. (2000). Making sense of word problems. Educational Studies in Mathematics, 42(2), 211–213. https://doi.org/10.1023/A:1004190927303

Publicado

2022-06-28

Como Citar

Critérios de avaliação referidos, percebidos e utilizados pela equipe docente de matemática de ensino básico (M.-J. Marques-Oliveira & M. Montanero , Trads.). (2022). Revista Electrónica Educare, 26(3), 1-24. https://doi.org/10.15359/ree.26-3.1

Edição

Seção

Artigos (Seção avaliada por pares)

Como Citar

Critérios de avaliação referidos, percebidos e utilizados pela equipe docente de matemática de ensino básico (M.-J. Marques-Oliveira & M. Montanero , Trads.). (2022). Revista Electrónica Educare, 26(3), 1-24. https://doi.org/10.15359/ree.26-3.1

Comentarios (ver términos de uso)