Técnica de avaliação do tédio em tempo real em estudantes universitários

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15359/ree.26-3.21

Palavras-chave:

Aprendizagem, Escalas de Tédio, Tédio, ensino

Resumo

Introdução. O tédio nos processos educacionais tem sido associado em vários estudos a uma variedade de efeitos negativos. Acredita-se que o tédio seja causado por uma falha do ambiente em satisfazer nossa necessidade de excitação. Muitas ferramentas (escalas) foram desenvolvidas para sua medição, porém, essas escalas são projetadas para a medição do tédio global, ou seja, ao final do processo, não em suas etapas. O presente estudo busca desenvolver uma metodologia para avaliar o efeito do tédio nas etapas de uma aula universitária a fim de ter uma ferramenta para avaliação quantitativa de atividades específicas. Metodologia. Uma escala de medição do tédio é proposta em conjunto com uma ferramenta de intervenção minimamente disruptiva. Os dados assim obtidos são submetidos a processamento matemático para reduzir o efeito da subjetividade (nível percebido de tédio) na escala. A metodologia proposta foi aplicada a um grupo de estudantes da Universidade da Costa Rica. Resultados. O resultado mais importante foi a correlação entre atividades específicas em uma aula e o gradiente de tédio. Discussão. A redução da variabilidade entre alunos obtida com o processamento matemático permite que a metodologia proposta seja utilizada para a análise quantitativa das etapas de uma aula com base no tédio percebido. Essas informações podem ser utilizadas para o desenho de processos de aprendizagem focados não apenas no processo global, mas em cada etapa dele, o que, até onde sabemos, não é alcançado por nenhuma das escalas comumente utilizadas.

Biografia do Autor

Leonardo Garro-Mena, Universidad de Costa Rica

Licenciado en Ingeniería Química y Magíster en Ingeniería Química con énfasis en Ingeniería Ambiental por la Universidad de Costa Rica. Doctor en Ingeniería Química por Kansas State university. Ha trabajado como investigador y docente en la Universidad de Costa Rica, así como miembro de la red para la innovación docente RedIC-UCR, de la Universidad de Costa Rica, ha realizado publicaciones en el ámbito de la docencia, la difusión y la investigación científica.

Jenny Andrea Calderón-Castro, Pontificia Universidad Católica de Chile

Licenciada en Ingeniería Química y Bachiller en Diseño Plástico con énfasis en Diseño Cerámico por la Universidad de Costa Rica. Magíster en Patrimonio Cultural por la Pontificia Universidad Católica de Chile. Ha trabajado como investigadora y docente universitaria, con un especial enfoque transdisciplinar por medio del desarrollo de proyectos de difusión científica y acción social. En la actualidad realiza investigación y gestión en el ámbito cultural.

Referências

Acee, T. W., Kim, H., Kim, H. J., Kim, J.-I., Chu, H.-N. R., Kim, M., Cho, Y., & Wicker, F. W. (2010). Academic boredom in under - and over- challenging situations. Contemporary Educational Psychology, 35(1), 17-27. https://doi.org/10.1016/j.cedpsych.2009.08.002

Belton, T., & Priyadharshini, E. (2007). Boredom and Schooling: A cross-disciplinary exploration. Cambridge Journal of Education, 37(4), 579-596. https://doi.org/10.1080/03057640701706227

Eastwood, J. D., Frischen, A., Fenske, M. J., & Smilek, D. (2012). The unengaged mind: Defining boredom in terms of attention. Perspectives on Psychological Science, 7(5), 482-495. http://www.jstor.org/stable/44280796

Fahlman, S. A., Mercer-Lynn, K. B., Flora, D. B., & Eastwood, J. D. (2013). Development and validation of the multidimensional state boredom scale. Assessment, 20(1), 68-85. https://doi.org/10.1177/1073191111421303

Farmer, R., & Sundberg, N. D. (1986). Boredom proneness--The development and correlates of a new scale. Journal of Personality Assessment, 50(1), 4-17. https://doi.org/10.1207/s15327752jpa5001_2

Gjesme, T. (1977). General satisfaction and boredom at school as a function of the pupils’ personality characteristics. Scandinavian Journal of Educational Research, 21(1), 113-146. https://doi.org/10.1080/0031383770210106

Gomez-Ramirez, J., & Costa, T. (2017). Boredom begets creativity: A solution to the exploitation–exploration trade-off in predictive coding. Biosystems, 162, 168-176. https://doi.org/10.1016/j.biosystems.2017.04.006

Hunter, J. A., Abraham, E. H., Hunter, A. G., Goldberg, L. C., & Eastwood, J. D. (2016). Personality and boredom proneness in the prediction of creativity and curiosity. Thinking Skills and Creativity, 22, 48-57. https://doi.org/10.1016/j.tsc.2016.08.002

Isacescu, J., Struk, A. A., & Danckert, J. (2017). Cognitive and affective predictors of boredom proneness. Cognition and Emotion, 31(8), 1741-1748. https://doi.org/10.1080/02699931.2016.1259995

Maroldo, G. K. (1986). Shyness, boredom, and grade point average among college students. Psychological Reports, 59(2), 395-398. https://doi.org/10.2466/pr0.1986.59.2.395

Mikulas, W. L., & Vodanovich, S. J. (1993). The essence of boredom. Psychological Record, 43(1), 3-12. https://www.researchgate.net/publication/229059999_The_essence_of_boredom

Nett, U. E., Goetz, T., & Daniels, L. M. (2010). What to do when feeling bored?: Students’ strategies for coping with boredom. Learning and Individual Differences, 20(6), 626-638. https://doi.org/10.1016/j.lindif.2010.09.004

Schwartze, M. M., Frenzel, A. C., Goetz, T., Pekrun, R., Reck, C., Marx, A. K. G., & Fiedler, D. (2021). Boredom makes me sick: Adolescents’ boredom trajectories and their health-related quality of life. International Journal of Environmental Research and Public Health, 18(12), 1-13. https://doi.org/10.3390/ijerph18126308

Struk, A. A., Carriere, J. S. A., Cheyne, J. A., & Danckert, J. (2017). A short boredom proneness scale: Development and psychometric properties. Assessment, 24(3), 346-359. https://doi.org/10.1177/1073191115609996

Vodanovich, S. J. (2003). Psychometric measures of boredom: A review of the literature. The Journal of Psychology, 137(6), 569-595. https://doi.org/10.1080/00223980309600636

Vodanovich, S. J., & Watt, J. D. (2016). Self-report measures of boredom: An updated review of the literature. The Journal of Psychology, 150(2), 196-228. https://doi.org/10.1080/00223980.2015.1074531

Watt, J. D., & Hargis, M. B. (2010). Boredom proneness: Its relationship with subjective underemployment, perceived organizational support, and job performance. Journal of Business and Psychology, 25(1), 163-174. http://www.jstor.org/stable/40605754

Watt, J. D., & Vodanovich, S. J. (1999). Boredom proneness and psychosocial development. The Journal of Psychology, 133(3), 303-314. https://doi.org/10.1080/00223989909599743

Publicado

2022-08-22

Como Citar

Técnica de avaliação do tédio em tempo real em estudantes universitários (L. Garro-Mena & J. A. Calderón-Castro , Trads.). (2022). Revista Electrónica Educare, 26(3), 1-11. https://doi.org/10.15359/ree.26-3.21

Edição

Seção

Artigos (Seção avaliada por pares)

Como Citar

Técnica de avaliação do tédio em tempo real em estudantes universitários (L. Garro-Mena & J. A. Calderón-Castro , Trads.). (2022). Revista Electrónica Educare, 26(3), 1-11. https://doi.org/10.15359/ree.26-3.21

Comentarios (ver términos de uso)