Compreender as práticas punitivas na coexistência escolar no Chile: significados e usos nas vozes dos protagonistas
DOI:
https://doi.org/10.15359/ree.27-1.14375Palavras-chave:
convivência escolar, coexistência pacífica, disciplina escolar, práticas punitivas, autoridade do professorResumo
Introdução. Nas últimas décadas, a convivência escolar tornou-se relevante para a pesquisa e legislação educacional na América Latina. No entanto, tanto no Chile como em outros países, as abordagens educativas e promocionais coexistem com outras estreitas, de tipo punitivo, que individualizam, processam e excluem os conflitos escolares. Meta. O objetivo deste estudo foi compreender o significado e o uso das práticas punitivas nas escolas chilenas. Metodologia. Por meio de um estudo qualitativo com ênfase em metodologias participativas, foram realizadas quatro mesas de análise com representantes do nível micro (alunos, pais), meso (profissionais docentes e não docentes) e macro (executores da política educacional chilena em nível regional), aqueles que foram analisados com a técnica de análise de conteúdo. Resultados. Os achados mostram que as práticas punitivas se justificam como forma de amortecer os efeitos de uma política educacional que prima por melhores resultados escolares, na medida em que seu uso regulamentado permitiria que as escolas excluíssem da sala de aula os alunos que não alcançam bons resultados. Além disso, constroem-se compreensões do punitivo associadas a uma cultura escolar autoritária que tem como legado um passado ditatorial, onde a figura do professor se coloca como uma autoridade pedagógica severa, mais amorosa. Conclusão. As práticas punitivas são compreendidas dentro de um processo gradativo, onde a sanção começa quando a ação formativa não surtiu efeito. Discutem-se as implicações desses significados para a ação educativa, problematizando o significado de autoridade pedagógica em uma cultura que valoriza positivamente a ação punitiva.
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