Modelo de gestão e sustentabilidade de revistas científicas da via diamante (acesso aberto não comercial) da Universidad Nacional, Costa Rica

Resumo

Objetivo. O objetivo deste policy report é apresentar as etapas de construção de uma estrutura que organiza as boas práticas derivadas do desenho de um modelo de gestão e sustentabilidade de revistas científicas diamante –em acesso aberto não comercial– na Universidad Nacional, Costa Rica. Introdução. Na introdução, é feita uma avaliação do contexto latino-americano, costarriquenho e institucional em relação às políticas sobre conhecimento aberto nos últimos 20 anos. Assim, descreve-se a rota institucional e o registro cronológico que mostra a evolução da gestão editorial das revistas desde a criação da primeira há cerca de 50 anos. Modelo de gestão. Detalha-se a elaboração do modelo de gestão de revistas científicas, no qual são consideradas a conceptualização, os princípios orientadores, a equipe de trabalho, as instâncias de apoio e assessoria, a sustentabilidade financeira e o monitoramento e avaliação das revistas. Resultados. Destacam a inovação, adaptabilidade e alinhamento com padrões internacionais do modelo, além do trabalho colaborativo, planejamento estratégico e proteção institucional, o que principalmente leva à criação de produtos tangíveis como regulamentos e manuais de procedimentos, entre outros. Conclusões. Apontam que a capacidade de adaptação na gestão editorial de revistas científicas é crucial para o progresso científico e social. O modelo promove a sustentabilidade e qualidade editorial com ênfase na via diamante, na Ciência Aberta e na inclusão estudantil, além de reconhecer seu impacto internacional na promoção da ciência como bem público e na resistência a modelos baseados em Article Processing Charges (APC). Recomendações. Estão focados nos diferentes setores que gerem a comunicação científica, onde se destaca a importância de promover o acesso aberto não comercial, gerando espaços para discutir a sustentabilidade financeira da gestão editorial do conhecimento aberto e criando espaços para a cooperação internacional. Finalmente, o reconhecimento da comunicação científica como um bem público deve ser acompanhado de ações concretas que garantam recursos adequados e estáveis que permitam manter uma gestão editorial de qualidade e promovam práticas éticas e transparentes.