Para uma legítima participação. O processo de uma menina venezuelana e sua aprendizagem do Inglês numa escola primária em Iowa City
DOI:
https://doi.org/10.15359/ree.21-3.1Palavras-chave:
Participação periférica legítima, relações de poder, aprendizagem, identidade, recém chegado.Resumo
Este estudo qualitativo de caso busca compreender e descrever em detalhe os diferentes processos de aprendizagem nos quais uma menina venezuelana de nove anos participou para reafirmar a sua identidade como aprendiz de um idioma e tornar-se membro legítimo de uma comunidade de praticantes durante os primeiros seis meses numa escola primária em Iowa City. A coleta de dados incluiu observações na sala de aula e na sua casa, notas de campo, entrevistas, produções orais e escritas e correios eletrônicos. A análise foi realizada utilizando uma comparação constante da informação encontrada para refletir sobre possíveis categorizações dos dados, considerando, principalmente, duas construções teóricas: “participação periférica legítima” (Lave & Wenger, 1991) e “relações colaborativas de poder” (Cummins, 1996). Os resultados sugerem que os estudantes são más ativos nas atividades destinadas a construir significado através da participação social. A legítima participação nas atividades escolares ajudou Victoria a melhorar sua habilidade no idioma Inglês e reafirmar a sua identidade. A rapidez com que aprendeu Inglês na escola, foi devido principalmente à uma boa comunidade de praticantes na que teve a sorte de participar e a mediação da Sra. Brown. Quanto mais interagia, melhor se desempenhava e quanto melhor se desempenhava, mais interagia. Esta pesquisa fornece alternativas para compreender a experiência de Victoria como uma estudante de idioma, a complexidade de um processo de aprendizagem de uma segunda língua e o papel fundamental que desempenham os professores na mediação da aprendizagem estudantil para reafirmar suas identidades. Este estudo representa um claro exemplo do que deveríamos fazer em nossas salas de aula, como professores e professoras de um idioma estrangeiro, se realmente queremos oferecer aos estudantes oportunidades reais para aprender a língua e ajudar a reafirmar a sua identidade como aprendizes.
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