Reeducação infantil humanizada: Uma volta nas relações de poder e no paradigma adultocêntrico nas instituições de proteção de crianças e adolescentes em situação de vulneração de direitos
DOI:
https://doi.org/10.15359/ree.22-2.20Palavras-chave:
paradigma adultocêntrico, relações de poder, crueldade para com as crianças, reeducação humanizada, agente educativo, instituição de proteção, restauração dos direitos.Resumo
Esta reflexão é baseada em notas registradas em um diário de campo e tem como objetivo sistematizar a experiência adquirida de um educador no Centro de Diagnóstico e Referência, operado pela Universidade de Antioquia, através do Projeto Crescer com Dignidade (Zuluaga, 2015-2016), ligado a Unidade de Infância em Medellín , Colômbia, cuja finalidade é a proteção imediata de crianças e adolescentes em situações de violações de direitos. Analisaremos aqui as relações de poder que se estabelecem dentro do paradigma adultocêntrico, descobriremos nestas a gênese de maltrato para com as crianças e veremos como estas práticas são vistas como normais na educação das crianças, por parte de suas famílias de origem, e permeiam também as instituições de proteção que foram criadas para levar a cabo os processos de assegurar os direitos. Quando as relações de poder desiguais dentro da família são criadas e legitimadas, a hegemonia dos adultos sobre as crianças é reforçada, e estas acabam sendo objetivadas, normalizando assim a prática da violência. Tais paradigmas relacionais também são susceptíveis de se reproduzir em instituições educacionais, incluindo as que são destinadas à proteção das crianças em situações de violações de direitos. Apresentaremos uma proposta chamada Reeducação infantil humanizada, que será sugerida para a direção grupal nas instituições de proteção, uma tarefa confiada aos educadores.Referências
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