Tem razão avaliação? Notas para o aprofundamento de uma noção filosófica de educação
DOI:
https://doi.org/10.15359/ree.23-1.20Palavras-chave:
Ética, pedagogia, avaliar a razão, filosofia da educação, avaliação, controle socialResumo
Este ensaio é baseado em uma questão que busca um aprofundamento crítico em torno da investigação de um tipo de racionalidade que habita a educação moderna e que em nossa pesquisa optamos por chamar de razão de avaliação. A reflexão deleuziana sobre as sociedades de controle, subsidiária da noção de sociedades disciplinares de Foucault, será um fagócito ponto de referência para introduzir a questão desse tipo de racionalidade que, como analisamos aqui, também abriga características do chamado poder pastoral em íntima relação com as configurações contemporâneas do capitalismo. Uma definição provisória será oferecida para, à luz das próprias análises que envolvem noções como disciplina, tecnologias governamentais, normalização e biopolítica - que vamos repensar aqui -, avançaremos em uma visão mais complexa que relacione a ética, política, o social e econômico com a abordagem filosófico-educacional de nossa proposta, como uma maneira de abordar os nexos que essa racionalidade delineia entre a educação e as atuais sociedades de controle. Deste modo, a razão avaliadora se abrirá como um problema ético-político que é fundamental para abordar, uma vez que: a) historicamente se configurou de tal maneira que atravessa e baseia práticas, tecnologias e dispositivos; b) com vigilância cada vez mais sutil e sanções cada vez mais justificadas em sua ânsia “pedagógica”, focado entre o monitoramento e o cálculo que reduzem todo o poder da alteridade; c) tem uma dimensão racista cuja versatilidade permite que se desloque entre normalização e regulação ; d) ajuda a multiplicar o modelo de mercado, estabelecendo procedimentos que tornam o sujeito como empresário de si mesmo. Finalmente, as linhas dessa análise esperam constituir pistas para elucidar novas formas de resistência e re-existência contra a compulsão avaliativa contemporânea.
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