Perspectiva Intergeracional da Brincadeira como Patrimonio Cultural

Resumo

Em 2013, a Universidade Nacional e a Universidade da Costa Rica iniciaram a investigação "A brincadeira como património cultural:  percepções das pessoas de diferentes gerações nas comunidades de Desamparados e Barva", cujo objetivo era analisar a brincadeira como património cultural, a partir da percepção das pessoas de diferentes gerações de ambos comunidades. Este artigo apresenta os resultados da análise intergeracional, depois de contrastar as diferenças e semelhanças relacionadas com as seguintes características das brincadeiras: conceituação, importância, valores promovidos, lugares aonde acontece a brincadeira, pessoas que acompanham e tipos de brincadeiras. A abordagem da pesquisa foi mista, do tipo explicativo descritivo, pois proporciona um sentido de compreensão da brincadeira como algo próprio. A população participante foi de 170 pessoas de Desamparados e 158 de Barva, composta por estudantes do ensino fundamental e médio, professores, adultos e idosos, representantes municipais, selecionados de acordo com critérios de idade e função que desempenham. Os dados foram obtidos por meio de questionários contendo itens comuns e direcionados com base no grupo etário. Os principais resultados indicam que as brincadeiras são consideradas por todos os grupos intergeracionais como uma atividade prazerosa, promotora de diversão, entretenimento, gozo, alegria, convívio e socialização. A brincadeira é vista como uma atividade quase exclusivamente de e para as crianças, onde a participação das pessoas adultas são exceções. Para grande parte da população, brincar é muito importante para o desenvolvimento integral, para a aprendizagem de conceitos e essencialmente, de valores. Vale ressaltar que brincar não é visto como um direito estabelecido por lei.