A produção bibliográfica sobre educação para o “nunca mais” no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.15359/rldh.36-1.5Palavras-chave:
ditadura militar, educação em direitos humanos, educação para o “nunca mais”, memória e verdadeResumo
Este artigo foi apresentado no Eixo II: Memória, verdade, justiça e reparação, durante o 10º Colóquio Latino-Americano e do Caribe da Rede Latino-Americana e do Caribe de Educação em Direitos Humanos (REDLACEDH) e pela Rede Colombiana de Educação em Direitos Humanos na Universidade Pedagógica Nacional de Bogotá, Colômbia, de 11 a 13 de outubro de 2023, promovido pela REDLACEDH. Este trabalho apresenta os resultados de um estudo da produção bibliográfica sobre memória, verdade e justiça, gerada a partir das experiências de educação para o 'nunca mais' no Brasil. A pesquisa bibliográfica sobre produções sociais relacionadas ao período de 1964 a 1985 no Brasil emerge de organizações sociais como Movimento de Mulheres pela Anistia, Comitês Brasileiros de Anistia, Comissão de Justiça e Paz, Grupos Tortura Nunca Mais, Movimento de Familiares de Mortos e Desaparecidos. As questões políticas tratadas incluem dossiês e relatos sobre graves violações dos direitos humanos, memórias das greves de fome nas prisões políticas, historiografia dos movimentos de resistência à ditadura, biografias, produções audiovisuais e práticas de educação sobre o conhecimento e a memória originadas a partir de ações de resistência e defesa. Nesse contexto, destaca-se o papel central desempenhado por ex-presos políticos, familiares, advogados, religiosos e defensores dos direitos humanos. Com a criação da Comissão Nacional da Verdade, surgiram produções derivadas da política de direitos humanos tais como: relatórios da Comissão da Verdade, estudos acadêmicos e investigações sobre Justiça de Transição. Neste momento, retorna a centralidade da perseguição política por parte do Estado autoritário, abrindo espaço para o discurso silenciado
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