Perspectiva de gênero no Instituto Politécnico Nacional (IPN), México: Construindo uma cultura de paz

Resumo

O Instituto Politécnico Nacional (IPN) é uma instituição pública mexicana de ensino superior, atualmente composta por 102 unidades acadêmicas, fundada em 1936 por Lázaro Cárdenas. Inicialmente, a maioria dos docentes era composta por militares, o que resultou em uma cultura patriarcal linear, autoritária e com manifestações de violência de gênero. Em 2001, o Modelo Educativo Institucional introduziu uma formação integral, permitindo a inclusão de um curso de Direitos Humanos na área de Engenharia. Atualmente, apesar da implementação do Modelo 4.0 a cultura institucional permaneceu inalterada. Em resposta, em 2009 foi introduzida a perspectiva de gênero, e em 2012 foi criada a Unidade Politécnica de Gestão com Perspectiva de Gênero, que, para alcançar toda a instituição, implementou a Rede de Gênero, com o objetivo de erradicar o machismo predominante. Atualmente, o IPN está comprometido com normas nacionais e internacionais, como a Carta Internacional dos Direitos Humanos, a Agenda 2030 e a CEDAW. Em 2019, o IPN foi a primeira instituição nacional a adotar um Protocolo “Para a prevenção, detecção, atenção e sanção da violência de gênero”. A partir da Rede de Gênero da ESIME unidade Culhuacán, identificamos estereótipos que afetam a dignidade das pessoas, e para contribuir com sua erradicação, realizamos campanhas de denúncia contra a violência, o assédio e o bullying, além de capacitarmos sobre Direitos Humanos, Feminismo, Masculinidades, Gênero e Educação para a Paz. Também realizamos pesquisas, como o estudo sobre Cultura de Gênero nos cursos da ESIME Culhuacán, IPN (projeto número 20231736), a partir de uma metodologia feminista pós-modernista e construtivista situada.