Análise temporal do comportamento da precipitação pluviométrica na Região Metropolitana do Cariri (Ce), Brasil
DOI:
https://doi.org/10.15359/rgac.63-2.12Palavras-chave:
Escassez hídrica, Chuvas, Manejo, SustentabilidadeResumo
O semiárido brasileiro engloba 1.133 municípios, ocupando uma área de 982.563,3 km² e uma população de aproximadamente 47 milhões de habitantes. A escassez hídrica no semiárido brasileiro e principalmente na região nordeste é um problema que as pessoas que residem nessas áreas enfrentam ano após ano. Essa região é caracterizada por ter: quase oito meses de ausência de chuvas que ocorrem anualmente, secas periódicas e cheias frequentes dos rios intermitentes, solos arenosos, rasos, salinos e pobres em nutrientes essenciais ao desenvolvimento das plantas. A chuva ainda representa a única fonte de realimentação dos cursos dos rios e dos aquíferos do Nordeste. O estudo de séries de chuvas é fundamental para o manejo dos recursos hídricos, desenvolvimento de projetos de convivência com o semiárido e melhores para o desenvolvimento da agropecuária, além de incentivar a sustentabilidade hídrica da região. O objetivo deste estudo foi analisar o comportamento das precipitações ocorridas nos últimos 31 anos (1987 – 2017) na Região Metropolitana do Cariri (CE), Brasil, com vistas a identificar as características sobre o regime de chuvas regional. Foram levantados junto a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), dados pluviométricos mensais de uma série história do município. Realizou-se cálculos de parâmetros, como: média, máximo, mínimo e desvio padrão. Desta forma, foi possível constatar que os municípios que apresentaram os maiores índices pluviométricos são Caririaçu que no ano de 2008 alcançou 1632,0 mm e Santana do Cariri com 1612,1 mm em 1996. Vale ressaltar que entre os de 2016 e 2017 na maioria dos munícios da RMC a precipitação anual foi bem abaixo da média para a serie adotada.
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