Uma perspectiva socioambiental sob o foco da Arte e da Lei com Teatro do Oprimido e grupo Marias do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.15359/rnh.4-2.7Palabras clave:
legislação, teatro do oprimido, trabalhadoras domésticas.Resumen
Praticado nos cinco continentes, o método do Teatro do Oprimido foi sistematizado como vigoroso instrumento dialógico com a sociedade. O teatrólogo Augusto Boal, iniciou a criação deste método nos anos 60, durante o período de ditadura militar no Brasil e fundou o Centro de Teatro do Oprimido, no Rio de Janeiro, em 1986, com sua equipe (da qual faço parte desde essa época), formando centenas de grupos populares. Marias do Brasil é um grupo formado por trabalhadoras domésticas, migrantes de regiões áridas do pais, com baixo nível de escolarização. Jogos, exercícios e técnicas especificas, possibilitaram que as atrizes montassem seus próprios espetáculos a partir de suas reais histórias de vida, inclusive músicas e poemas. As integrantes apresentaram em praças e teatros suas opressões sociais e discutiram diretamente com a população seus direitos trabalhistas e as mudanças urgentes na legislação brasileira. A técnica utilizada denomina-se Teatro-Forum onde cria-se um processo interativo com a plateia que, após assistir ao espetáculo, é convidada a substituir o personagem oprimido para mostrar alternativas contra às opressões vividas em cena. O resultado é o extenso apoio às mulheres migrantes e aos sindicatos, mais o fortalecimento das ações sociais dando maior visibilidade aos conflitos da categoria na busca de soluções trazidas pela legislação vigente. Trata-se de uma experiencia única, desde 1998, no Centro de Teatro do Oprimido, com o Teatro Legislativo, uma das vertentes do método, onde a Arte e a Lei potencializam a transformação social.
Referencias
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