Queimadores de campo, fazedores de queijo e fiscais ambientais: controvérsias sobre o manejo do fogo na região do Parque Nacional da Serra da Canastra - Minas Gerais - Brasil
DOI:
https://doi.org/10.15359/prne.16-31.3Palavras-chave:
queimadas, biodiversidade, queijosResumo
Atualmente, camponeses e moradores de pequenos municípios marcadamente rurais da região da Serra da Canastra, no Estado de Minas Gerais, no Brasil, que têm na produção e comercialização de queijos artesanais uma das bases de sua economia, veem seus modos de vida ameaçados diante de restrições sanitárias e ambientais que chegam à região, sobrepondo-se a práticas e saberes culturalmente estabelecidos. Buscamos neste artigo apontar como algumas leis e normatizações, impostas a partir de saberes administrativos e de técnicos especializados, chegam ao espaço cotidiano dessas famílias e podem trazer efeitos opostos aos pretendidos, levando à desestruturação de modos de vida que vinham permitindo maior preservação dos recursos naturais. Uma das consequências é o agravamento dos incêndios florestais, assim como o fortalecimento de modelos industriais de produção agropecuária, que acarretam uma perda geral de biodiversidade.
Referências
Almeida, A. (2008). Antropologia dos Archivos da Amazônia. Rio de Janeiro: Casa 8 / Fundação Universidade do Amazonas.
Barbosa, C. (2007). Território de Vida e Trabalho dos Pequenos Produtores de Queijo da Serra da Canastra: um estudo sobre a relação entre produção camponesa e espaços naturais protegidos nas nascentes do Rio São Francisco, Minas Gerais. Dissertação de Mestrado. UFU.
Cintrão, R. (2016). Segurança, qualidade e riscos: a regulação sanitária e os processos de (i)legalização dos queijos artesanais de leite cru em Minas (tese de doutorado) Rio de Janeiro: CPDA/UFRRJ.
Cruz, F. (2012). Produtores, consumidores e valorização de produtos tradicionais: um estudo sobre qualidade de alimentos a partir do caso do queijo serrano dos Campos de Cima da Serra – RS (tese de doutorado). Porto Alegre: UFRGS/PGDR.
L’estoile, B. (2003). Ciência do Homem e Dominação Racional. In L’Estoile, B., Neiburg, F. e Sigaud, L. Antropologia, Impérios e Estados Nacionais. Rio de Janeiro: Relume-Dumara.
Latour, B. (1988). The pasteurization of France. Cambridge and London: Harvard University Press.
Medeiros, M., e Fiedler, N. (2004). Incêndios Florestais no Parque Nacional da Serra da Canastra: desafios para a conservação da biodiversidade. Ciência Florestal, Santa Maria, (14), 2.
Ploeg, J. (2008). Camponeses e impérios alimentares: lutas por autonomia e sustentabilidade na era da globalização. Porto Alegre: Ed. UFRGS.
Ribeiro, G. (2008). Poder, redes e ideologia no campo do desenvolvimento. Novos Estudos CEBRAP, (80).
Scott, J. (1998). Seeing Like a State: How Certain Schemes to Improve the Human Condition Have Failed. Yale University Press. p. 445
Scott, J. (2002). Formas Cotidianas da Resistência Camponesa. In: Raízes (21), 01, jan/jun.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Revista Perspectivas Rurales. Nueva Época se encuentra bajo una licencia Creative Commons Reconocimiento-NoComercial-CompartirIgual 4.0 Internacional License.
Creado a partir de la obra en http://www.revistas.una.ac.cr/index.php/perspectivasrurales
Los autores/as que publiquen en esta revista aceptan las siguientes condiciones:
- Los autores/as conservan los derechos de autor y ceden a la revista el derecho de la primera publicación, con el trabajo registrado con la Licencia Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0 Internacional, que permite a terceros utilizar lo publicado siempre que mencionen la autoría del trabajo y a la primera publicación en esta revista.
- Los autores/as pueden realizar otros acuerdos contractuales independientes y adicionales para la distribución no exclusiva de la versión del artículo publicado en esta revista (p. ej., incluirlo en un repositorio institucional o publicarlo en un libro) siempre que indiquen claramente que el trabajo se publicó por primera vez en esta revista.
- Se permite y recomienda a los autores/as a publicar su trabajo en Internet (por ejemplo en páginas institucionales o personales) antes y durante el proceso de revisión y publicación, ya que puede conducir a intercambios productivos y a una mayor y más rápida difusión del trabajo publicado.